28/07/2025

A promoção da Economia Verde no Brasil representa uma importante iniciativa para o desenvolvimento sustentável. Este modelo econômico não apenas potencializa a geração de empregos e renda, como também contribui significativamente para a inclusão social e a redução das desigualdades, integrando a sustentabilidade ao desenvolvimento econômico.

As experiências em torno da agenda econômica verde que tem sido implementada por outros países podem ajudar o Brasil a construir a sua própria estratégia. Nesse sentido, o trabalho Retomada Econômica Verde (2023), desenvolvido pelo Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), buscou conhecer e registrar como alguns países (Chile, França, China e EUA) estão implementando tais ações, a fim de identificar experiências que podem ser úteis ao Brasil.

As práticas analisadas indicaram que o enfrentamento dos países às mudanças climáticas deve ser estabelecido em conjunto com políticas de inclusão social e deve representar uma prioridade política. Além disso, são políticas que devem ser capazes de mobilizar investimentos públicos e privados, assim como requerem uma ampla participação social para que sejam bem sucedidos.

O Plano de Transformação Ecológica, lançado pelo governo federal em 2023 como parte do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), é uma iniciativa central para essa transição, prevendo R$1,4 trilhão em investimentos até 2026.
Coordenado pelo Ministério da Fazenda e envolvendo vários ministérios, o plano é estruturado em seis eixos prioritários:

• Finanças Sustentáveis
• Adensamento Tecnológico
• Bioeconomia e Sistemas Agroalimentares
• Transição Energética
• Economia Circular
• Nova Infraestrutura Verde e Adaptação

As medidas previstas caminham tanto no sentido de promover uma mitigação de risco (redução do desmatamento e das emissões de carbono), mas também de avançar na promoção da sustentabilidade (por meio de novos investimentos na economia e na transformação do setor produtivo).A estruturação de planos setoriais é importante para definir políticas e sistemas que permitam a trajetória para a neutralidade de cada setor da economia, mas ainda falta uma ação integradora e coordenada dessas e outras políticas setoriais. A partir da devida articulação com os outros poderes e entes federativos e o estabelecimento de uma estrutura que garante o enforcement do programa e a aplicabilidade no dia a dia.

É nesse cenário que nasce a série Diálogos Setoriais para uma Transição Econômica Verde Sustentável, promovida pelo Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS) em parceria com o Insper e, em sua próxima etapa, com o Instituto de Estudos Avançados (IEA).

O objetivo central é engajar diversos agentes – setor produtivo, sociedade civil e poder público – na criação de discussões profundas, casos de sucesso, e diretrizes exemplares para enriquecer o debate em torno desta agenda, esclarecendo divergências e explorando as múltiplas oportunidades que a transição para uma economia neutra em carbono apresenta. Só assim será possível construir políticas públicas eficazes, incentivar práticas ESG robustas e impulsionar cadeias produtivas para uma transição econômica justa.

Destacamos 8 setores estratégicos da economia, com base na classificação de emissões de gases de efeito estufa pelo MCTI (base Sirene) e pelo Climate Watch, seguindo o mesmo critério que embasou estudos de experiências internacionais de economia verde.

Cada diálogo se propõe a compartilhar experiências exitosas de inovação tecnológica e adoção de práticas ESG, identificar desafios comuns e propor soluções setoriais para uma transição justa e subsidiar formulações de políticas públicas e investimentos alinhados aos princípios ambientais e climáticos.

Acesse a Playlist no YouTube do IDS e assista a todas as edições aqui.