Estudos apontam os principais riscos e soluções para o Ribeirão Baguaçu em Araçatuba-SP

09/11/2022

Manter a segurança hídrica nos municípios brasileiros é um desafio diário para vários gestores públicos. E este é o cenário da  bacia hidrográfica de Ribeirão Baguaçu, que é responsável por quase 50% do abastecimento de água de Araçatuba, município de São Paulo. 

Segundo estudo realizado pelo Instituto de Democracia e Sustentabilidade – IDS com o apoio da GS Inima Samar, um dos riscos para a bacia “é o avanço da degradação ambiental do manancial, com impactos negativos em termos de assoreamento do corpo hídrico e poluição das águas”. 

O estudo “Segurança Hídrica no Ribeirão Baguaçu em Araçatuba/SP – Recomendações de ações prioritárias para a segurança hídrica do manancial” foi lançado no dia 06 de outubro, em um evento que reuniu diversos agentes públicos, representantes de entidades ligadas à água e à produção rural, como: Vitor Saback, Diretor da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico – ANA; Thomas Rocco – Presidente do Sindicato Rural da Alta Noroeste – SIRAN, Eduardo Caldeiras, Diretor Técnico da GS Inima; Luiz Otávio Manfré – Diretor de recursos hídricos DAEE; Dilator Borges Damasceno – Prefeito de Araçatuba; Márcio Saito –  DEEA; Roberto Muniz, Diretor de Relações Institucionais e Sustentabilidade da GS Inima Brasil.

O prefeito da cidade de Araçatuba, Dilator Borges Damasceno, destacou a importância de se fazer a preservação do manancial para garantir a segurança hídrica do município e da região,uma vez que a bacia do Baguaçu está presente nos territórios dos municípios de Araçatuba, Bilac, Coroados e Birigui, no interior de São Paulo e integrada à bacia hidrográfica do Baixo Tietê. 

“O Ribeirão não passa apenas em Araçatuba, mas sim em vários municípios. Por isso é importante a presença dos outros prefeitos. É importante que os demais municípios também procurem mecanismos que possam ter recursos para poder fazer a recuperação da mata ciliar, trabalho de desassoreamento do ribeirão e entre outras medidas”  – Márcio Saito, Comissário Geral – Agência Reguladora e Fiscalizadora  –  DAEA

Confira o evento na íntegra

O estudo 

Na primeira etapa da elaboração foi realizado um estudo técnico executado pela Bravo Engenharia. A partir desses levantamentos e pesquisas, que resultaram em um banco de informação e de diagnósticos, entrou em cena a parceria com o IDS, que traduziu essas informações, elencando áreas e ações prioritárias para a segurança hídrica do Ribeirão. 

Eduardo Caldeiras, Diretor Técnico – GS Inima , ressalta que o estudo nasceu com a iniciativa da GS Lima Samar visando contribuir para que o Bagaçu continue sendo um recurso natural com o qual toda região possa contar. 

Um dos organizadores do documento pelo IDS, Guilherme B. Checco, pontuou que quando as empresas os convidam para este estudo, é uma mudança de olhar, paradigmas que estão acontecendo. “Fizemos algumas considerações para pensar o futuro do Ribeirão, e um dos eixos para viabilizar esta transformação é caminhar juntos, é colocar todos para uma mesa de diálogo”, ressalta. 

Para o Roberto Muniz, Diretor de Relações Institucionais e Sustentabilidade GS Inima Brasil, a empresa preza pela segurança hídrica. “a gente tem a certeza de que esse é o pontapé inicial para que entendam que a gente trabalha com água, nós entendemos de água e queremos que a água seja perene”, afirma. 

Um dos dados levantados pelo o documento é: primeiro risco, avanço da degradação ambiental. 75% das áreas de APP ( Área de Proteção Permanente) estão degradadas. Segundo risco, conflito pelo uso das águas: alteração no padrão de chuva, onde teve uma queda de quase 18% do volume da chuva, quando comparamos com toda a média histórica desde 1984; e o aumento de na demanda de água. 

Duas das seis ações para a segurança hídrica do Ribeirão Baguaçu, considerando os riscos mais destacados são: Identificar áreas prioritárias para a segurança hídrica do manancial a partir de metodologias científicas; E desenvolver uma estratégia de comunicação que mobilize a sociedade para as necessárias à segurança hídrica do território. 

Confira o estudo completo, clique aqui

Segurança Hídrica

O olhar com a segurança hídrica é importante tanto para a área produtiva, quanto para a sobrevivência humana. É um fator primordial e fundamental para o desenvolvimento local dos municípios. 

Eduardo Caldeiras, Diretor Técnico – GS Inima, colocou que como uma empresa responsável pela concessão do recurso hídrico na cidade de Araçatuba, é necessário trabalhar no combate da escassez de água. “Quando mais cedo a gente olhar, mais cedo conseguimos uma estabilidade e poder contar com esse recurso hídrico”, ressalta. 

Já o diretor de recursos hídricos – DAEE, Luiz Otávio Manfré, fala sobre o equilíbrio da utilização do recurso  “Eu vejo que a segurança hídrica é uma contabilidade, uma conta simples. É manter a disponibilidade acima da demanda. Tudo que tem que ser feito é controlar o uso, aumentar a produção de água, diminuir consumo, diminuir perdas”, acrescenta. 

Uma coisa é certa, precisamos ver os impactos que causamos e criar ações hoje para que tenhamos um futuro abundante. 

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