Conta de água pode evitar a crise hídrica

09/11/2021

Publicação lançada pelo IDS aponta estudo de cenários viáveis para uso da tarifa de saneamento como meio de financiar a proteção das fontes de água

A sexta e última publicação da série “Saneamento e Segurança Hídrica” apresenta uma mensagem muito simples.

Do ponto de vista econômico-financeiro é possível e viável (além de urgente) termos uma estratégia de longo prazo para proteger as áreas produtoras de água, nossos mananciais.

Estimamos a possibilidade de arrecadar R$ 1,4 bilhão ao longo de 4 anos, a partir da tarifa de saneamento, para iniciar os esforços voltados à conservação e restauração da cobertura florestal em áreas prioritárias e apoio para que os agricultores passem a ser os guardiões dos mananciais.

A série “Saneamento e Segurança Hídrica“ reúne informações sobre como é possível criar uma cultura de preservação das águas usando para isso mecanismos econômicos e sustentáveis, com estudos de caso que mostram a viabilidade da iniciativa.

“Estamos sugerindo, a partir da revisão tarifária da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), maior empresa de saneamento da América Latina, uma estratégia de segurança hídrica com diretrizes para a estruturação de um programa de proteção dos mananciais, que considere regras claras de governança e transparência, identificação de áreas prioritárias, envolvimento dos produtores rurais e fontes de recursos financeiros previsíveis e de longo prazo”, afirma Guilherme Checco, coordenador de pesquisas do Instituto.

Em resumo, a série “Saneamento e Segurança Hídrica” aponta:

  • a importância da regulação do setor para criar os incentivos corretos e viabilizar parte dos investimentos a partir da tarifa;
  • a importância da tarifa enquanto principal fonte de investimentos em água e esgoto no Brasil;
  • o entendimento de que há a necessidade de viabilizar outras fontes de recursos;
  • as estimativas feitas a partir de estudos prévios que identificaram áreas prioritárias na Macrométropole de São Paulo;
  • o escopo dos investimentos a serem feitos em conservação, restauração e agricultura;
  • o incremento médio projetado de 1,6% na tarifa média (exceto para famílias em situação de pobreza).

Para baixar esse e todos os materiais da série “Saneamento e Segurança Hídrica“, acesse nosso HUB :

https://segurancahidrica.idsbrasil.org/saneamento-e-seguranca-hidrica/


Podemos, juntos, cuidar dos nossos mananciais.

Saiba mais:

AUPA : As mudanças climáticas estão impactando a forma como as chuvas ocorrem

Le Monde : Clima, chuvas e segurança hídrica no Brasil

Parceiros