Histórico das COPs
As Conferências das Partes (COPs) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima são o principal fórum multilateral para negociar metas, revisar compromissos nacionais e articular financiamento e mecanismos de implementação que permitem a transição global para um desenvolvimento de baixo carbono e mais resiliente ao clima. Desde a Cúpula do Rio (1992) e a adoção do Protocolo de Quioto até o Acordo de Paris (2015), as COPs vêm evoluindo de espaços de estabelecimento de metas para plataformas de prestação de contas, inovação normativa e mobilização de financiamento e tecnologia.
A COP30 em Belém, entre 10 e 21 de novembro de 2025, assume especial relevância. Reúne líderes globais em um ponto nevrálgico da Amazônia, trazendo à pauta internacional a relação entre proteção de florestas, justiça climática, transição energética e desenvolvimento sustentável. Em meio a essa agenda, o debate não é apenas sobre redução de emissões, mas também sobre como financiar restauração, apoiar comunidades vulneráveis e escalar soluções de base territorial que reduzam emissões ligadas aos combustíveis fósseis, ao desmatamento e à degradação e viabilizem a adaptação às mudanças climáticas.
Na prática, as decisões da COP moldam compromissos nacionais. Por exemplo, atualizações das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) mostram como países traduzem negociações globais em metas concretas. O Brasil atualizou suas metas e caminhos de redução no ciclo recente de NDCs, colocando ambições específicas para 2025, 2030 e metas de longo prazo, o que torna a COP30 uma oportunidade para alinhar compromissos internacionais com medidas nacionais de enfrentamento ao desmatamento, de transição energética e economia verde.
IDS NA COP30
O Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS) atua em rede na COP30 apresentando soluções e ferramentas capazes de transformar a realidade das cidades e territórios no Brasil rumo à sustentabilidade, que podem servir de inspiração a todo o mundo. Nossa ação combina produção técnica, articulação política e tecnologias sociais inovadoras.
No terreno da COP30, o IDS atuará para:
apresentar recomendações aos círculos de Governança Climática, Financiamento Climático, Povos e Comunidades Tradicionais e Indígena, e Ética Global para negociadores;
levar propostas técnicas e soluções para uma transição econômica verde sustentável a setores produtivos estratégicos;
amplificar vozes de comunidades e cidades mais afetados pela crise climática, garantindo que justiça climática e direitos territoriais sejam parte das decisões;
articular parcerias que ampliem o compromisso multinível e os investimentos público e privado para a adaptação e justiça climática, demonstrando soluções que podem ser implementadas no Brasil a partir do KitClima para construção de planos municipais de adaptação, da Bússola para Cidades Resilientes, da plataforma JusAmazônia e o fortalecimento do ecossistema de organizações da sociedade civil.
NOSSAS PROPOSTAS
IDS OPINA - Especial COP 30
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